Metro vai crescer mais seis quilómetros em Gaia e no Porto
A rede de metro vai crescer cerca de seis quilómetros no Porto e em Gaia, com a construção de uma nova ligação entre as estações da Casa da Música e S. Bento, e o prolongamento da Linha Amarela, de Santo Ovídio a Vila d’Este. O investimento, que deverá ser concretizado até 2021, terá um valor global de 287 milhões de euros e contará com uma procura superior a 12 milhões de utilizadores por ano.
As novas linhas cumprem a dotação orçamental máxima de 290 milhões de euros prevista pelo Governo para a expansão da rede, e o investimento será financiado pelo plano Junker. Na construção da Linha Rosa, no Porto, que terá estações na Casa da Música, Praça da Galiza, Hospital de Santo António e S. Bento, o investimento será de 181 milhões e, para a extensão da Linha Amarela, em Vila Nova de Gaia, estão previstos 106 milhões, com estações em Santo Ovídeo, Manuel Leão, Hospital de Santos Silva e Vila d’Este.
Para o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da autarquia gaiense, “este é um investimento marcante, inteligente e sustentável” que cumpre “um desígnio fundamental para a mobilidade no concelho”.
Segundo os estudos que suportam a viabilidade das novas linhas, esta empreitada deverá gerar uma procura adicional na rede do Metro do Porto de mais de 30 mil utilizadores por dia útil, o que se traduzirá num crescimento de 12 milhões de passageiros por ano, a juntar aos atuais 58 milhões que anualmente utilizam a rede de metro do Porto.
Das várias propostas analisadas, estas foram as ligações que mais se aproximaram ao pretendido pela empresa e pelo Governo em termos de custos e de procura, pelo que serão hoje debatidas e aprovadas pelo conselho de administração da Metro do Porto. Após a aprovação, a Metro irá desenvolver os projetos de execução de cada uma das linhas, que terão ainda de ser submetidas a estudos de impacto ambiental. O concurso público para a construção deverá ser lançado no final do primeiro semestre de 2018, e a obra deverá arrancar em 2019, de forma a estar concluída num prazo de três anos.
Quanto ao novo traçado para extensão da linha em Gondomar, proposto recentemente pelo Presidente da Câmara, Marco Martins, também recolheu bastante simpatia, quer por parte do Governo, quer por parte do seu congénere portuense, Rui Moreira, já que servirá, também, zonas populosas da freguesia de Campanhã. A sua execução deverá, por isso, contemplar a segunda fase da expansão da rede de Metro na Área Metropolitana, perspetivando-se que haja novos fundos comunitários para fazer crescer a rede após 2020.
Engavetado há vários anos, inviabilizando a melhoria da mobilidade de milhares de cidadãos, o dossier da extensão da rede de Metro na Área Metropolitana do Porto é, assim, recuperado pelo atual Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Recorde-se que a Metro do Porto é detida a 60% pelo Estado central e a 40% pela Área Metropolitana.