Gondomar lança a primeira pedra do intercetor do rio Tinto

Gondomar lança a primeira pedra do intercetor do rio Tinto

A Câmara de Gondomar e do Porto lançou, recentemente, a primeira pedra do intercetor do rio Tinto, empreitada que visa despoluir um caudal de água, cuja classificação de estado ambiental é “mau”.

Em causa está a colocação de um equipamento entre as estações de tratamento de águas residuais (ETAR) do Meiral, em Gondomar, e do Freixo, no Porto, projeto cuja candidatura ao Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) foi aprovada em dezembro de 2015.

O montante da obra ronda os nove milhões de euros sendo da responsabilidade das câmaras de Gondomar e Porto, tendo a primeira acolhido hoje uma cerimónia de lançamento da primeira pedra com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.

“Este não é só mais um investimento público. É um investimento público que qualifica um rio, que qualifica um espaço e valoriza um território. É essencial para a qualidade de vida da população de Gondomar, do Porto, de todos aqueles que querem usufruir da bacia hidrográfica do Douro e sobretudo valoriza um bem finito que temos de proteger que é o ambiente”, disse o primeiro-ministro.

Antes Matos Fernandes tinha referido que “o estado ambiental do rio está classificado como mau”, enfatizando que assim é dado início à resolução de um problema ambiental “antigo”, indo exatamente ao encontro das ideias partilhadas pelos autarcas de Gondomar e Porto.

“A colocação da primeira pedra da obra do intercetor do rio Tinto assinala o início de uma intervenção que vai mudar positivamente o rio Tinto e toda a zona oriental do Porto (…) Não é demais recordar que o rio Tinto, a sua poluição e o estado da massa de água é um problema com mais de 30 anos. O rio que dá nome à maior freguesia do norte do país foi desprezado, maltratado, desviado e até entubado”, descreveu Marco Martins.

O presidente da câmara de Gondomar apontou que o projeto “permitirá revitalizar as margens, devolvendo-as à população, tratar o leito, e unir o centro de Rio Tinto ao rio Douro até ao Freixo, atravessando o parque Oriental do Porto e permitindo ligar quer ao percurso do Polis de Gondomar, quer à marginal do Porto até à Ribeira”.

A construção deste intercetor vai permitir reabilitar o emissário existente que tem mais de 25 anos, numa extensão de 1.950 metros. Prevê-se ainda a construção de um exutor com 4.100 metros, que permitirá a união das descargas de duas ETAR (Rio Tinto e Freixo) que servem mais de 140 mil habitantes, bem como um exutor submarino para entrega dos efluentes tratados no rio Douro, junto à ponte do Freixo.

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