Federação Distrital do Porto do PS não aceita discriminação da Região Norte na operação da TAP

Federação Distrital do Porto do PS não aceita discriminação da Região Norte na operação da TAP

Atividade da companhia aérea tem que preservar o interesse nacional e assumir o compromisso de defender a coesão territorial através de uma operação frequente e robusta a partir do Aeroporto do Porto.

As últimas notícias relacionadas com a diminuição da operação da TAP a partir do Aeroporto do Porto, no contexto de reativação da economia nacional na sequência da crise causada pela pandemia da COVID-19, motivam preocupação e a necessidade de se encontrar uma solução que mantenha ou até incremente os níveis de operacionalidade da companhia aérea no serviço que presta à Região Norte.

A confirmar-se, esta eventual decisão da Comissão Executiva da TAP, inteiramente composta pelos acionistas privados, prejudica gravemente a economia da região. Se a decisão for mantida comportará riscos elevados, nomeadamente no que diz respeito às exportações do Norte, que representam mais de 40% do volume nacional, bem como à atividade do turismo, que muito ajudou ao dinamismo económico dos últimos anos e que se espera que seja retomada assim que as condições de Saúde Pública o permitam.

O Aeroporto do Porto assumiu-se, ao longo dos anos, como uma infraestrutura determinante na ligação a várias cidades da Europa. Assim, a diminuição da operação da TAP é discriminatória para com o distrito do Porto e o Norte do país. Ela agrava as discrepâncias entre Lisboa e o Porto na disponibilidade do transporte aéreo e no acesso à atividade de uma companhia que é de bandeira e, que pelo menos em teoria, é nacional, tendo por isso, a obrigação defender o interesse de todo o País.

Qualquer cenário de quebra da operação da TAP é ainda mais grave considerando que a sobrevivência da empresa depende agora da ajuda financeira do Estado. Confiamos que o Governo está atento a esta situação e que contribuirá para a alteração da estratégia e para a garantia de uma TAP de Portugal e de todos os Portugueses, sem marginalizações regionais e medidas centralistas de desinvestimento.

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