COVID-19: PS desafia Câmara do Porto a promover inclusão no ensino à distância

COVID-19: PS desafia Câmara do Porto a promover inclusão no ensino à distância

O PS afirma que não é aceitável que haja no Porto crianças que fiquem para trás, propondo que a Câmara crie um fundo com um valor mínimo de 1,5 milhões de euros para a aquisição de equipamentos informáticos e de acesso à internet para os alunos mais carenciados do concelho.

Muitos milhares de alunos do concelho do Porto não terão aulas presenciais durante o terceiro período deste ano letivo, que arranca com novas regras de ensino à distância tendo em conta as circunstâncias da pandemia por COVID-19. A retoma à atividade normal das escolas será, por isso, faseada, o que obriga à tomada de medidas que permitam a inclusão de todos os alunos nos novos modelos de aprendizagem, incluindo os mais carenciados.

Em comunicado, o PS Porto afirma que “esta situação coloca novos problemas e desafios. Desde logo acentua os riscos de exclusão ligados à pobreza e ao facto de que muitas famílias não possuem recursos adequados em equipamento informático e em acesso à internet. Ao mesmo tempo, a realização desta formação à distância faz com que as crianças oriundas dos meios mais desfavorecidos vejam as suas dificuldades agravadas”. Para a Concelhia do Partido Socialista, esta realidade é inaceitável, já que “corrói a solidez da nossa estrutura social no presente e agrava o risco de reproduzir fenómenos de desigualdade, de pobreza e de exclusão para o futuro”.

Assim, o PS Porto defende que a Câmara Municipal do Porto “tem capacidade para intervir para minorar estes problemas e para transformar uma dificuldade numa oportunidade, agindo de forma articulada com os estabelecimentos de ensino, com as Juntas de Freguesia e com outros agentes locais”.

A proposta que o PS apresentará nos órgãos autárquicos defende que a Câmara Municipal do Porto constitua um fundo no valor de 1,5 milhões de euros “que permita a aquisição de equipamentos informáticos para todos os que deles necessitem (tablets para as crianças do primeiro ciclo do ensino básico e computadores portáteis para os alunos dos 2o e 3o ciclos) e a contratação de acesso à internet” de qualidade para todos. Esta medida permitirá fornecer 3000 tablets, 2500 computadores portáteis e 5200 ligações de internet pelo período de 3 meses.

Pretende-se que o fundo seja assegurado pelo município mas “aberto à participação de mecenas privados”. Segundo a concelhia socialista, “o Porto antecipará assim para este ano letivo os compromissos assumidos pelo Governo para o próximo ano letivo”.

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