Entrevista de Eduardo Vítor Rodrigues ao Observador

Entrevista de Eduardo Vítor Rodrigues ao Observador

 

Em plena guerra institucional entre Governo e enfermeiros, Eduardo Vítor Rodrigues diz que a decisão de negociar é do primeiro-ministro. Dirigente do PS pressiona Costa com listas para europeias.

O presidente da Área Metropolitana do Porto e da Câmara Municipal de Gaia recebe o Observador no seu gabinete. A entrevista decorre quando os motores partidários já estão a aquecer para as europeias e foi ali, em Gaia, que António Costa desfez uma não-surpresa que se arrastou por semanas e lançou Pedro Marques na corrida de maio. O resto da lista ao Parlamento Europeu ainda está por fechar, mas Eduardo Vítor Rodrigues deixa já dois pontos em cima da mesa: Pizarro tem de estar dentro, e num lugar “digno”, e Maria João Rodrigues não pode ficar de fora, mesmo que esteja a ser investigada em Bruxelas por alegado assédio laboral. Diz que o PSD é sempre o principal adversário do PS, mas é na direção do cabeça de lista do CDS que atira o ataque mais forte. O “discurso de Nuno Melo”, acusa Vítor Rodrigues, “roça o populismo”.

Mais direto, só mesmo quando se foca na bastonária da Ordem dos Enfermeiros. Em plena convulsão no setor da Saúde (um dirigente sindical começou, entretanto, uma greve de fome contra o Governo), o dirigente socialista — Eduardo Vítor Rodrigues é membro do Secretariado Nacional — acusa Ana Rita Cavaco de prestar um serviço “muito útil ao PSD e a ela própria” e de arrastar toda uma classe para o conflito.

António Costa surge, por contraste, como o pacificador. O primeiro-ministro é, aos olhos de Eduardo Vítor Rodrigues, o responsável pela paz social com que o país se reencontrou nesta legislatura. Mas Costa também é, para o bem e para o mal, o maior responsável pelas decisões do Governo. Sejam elas quais forem. “Quem trava ou cria os limites financeiros à negociação com os professores e com os enfermeiros é, claramente, o primeiro-ministro”, diz o presidente da Área Metropolitana do Porto.

Durante mais de uma hora de conversa, ainda houve tempo para falar sobre Marcelo Rebelo de Sousa (com farpas à mistura), sobre o candidato — ou melhor, a candidata —que o PS deve lançar para disputar as próximas eleições presidenciais e sobre o referendo à regionalização que, diz o dirigente socialista, não pode passar da próxima legislatura.

Leia toda a entrevista aqui .

 

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