Nota de pesar pelo falecimento de António Arnault, histórico do PS e pai do SNS

Nota de pesar pelo falecimento de António Arnault, histórico do PS e pai do SNS

Livro de condolências é aberto hoje por Manuel Pizarro, na presença dos Bastonários das Ordens dos Médicos, Médicos Dentistas e Nutricionistas

A Federação Distrital do Porto do Partido Socialista expressa um enorme pesar face à notícia do falecimento do pai do Serviço Nacional de Saúde e histórico fundador e militante socialista, António Arnaut.

Durante os próximos três dias e em sinal de profundo luto pelo desaparecimento de Arnaut, a Federação Distrital do Porto do PS colocará a bandeira do partido a meia haste e disponibilizará, na sede distrital (Rua Santa Isabel, 82, Porto), um livro de condolências que será posteriormente entregue à família.

O livro de condolências será aberto hoje, pelas 17h30, pelo presidente da distrital do Porto do PS, Manuel Pizarro, na presença dos bastonários das Ordens dos Médicos, Médicos Dentistas, e Nutricionistas: Miguel Guimarães, Orlando Monteiro da Silva e Alexandra Bento, respetivamente.

“Antonio Arnaut é uma figura insubstituível do Portugal democrático a quem todos devemos muito pelo seu exemplo de retidão e pela sua capacidade de exercer os cargos públicos, respeitando compromissos e valores de um homem comprometido com a defesa de interesses dos que mais necessitam”, afirma Manuel Pizarro, presidente da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista.

Com uma participação cívica e política ativa transversal a todos os períodos da sua vida, António Arnault foi um dos rostos da oposição ao Estado Novo, em 1958 participou na comissão distrital da  candidatura presidencial de Humberto Delgado, em Coimbra; em 1959 foi arguido no processo resultante da carta dos católicos a António de Oliveira Salazar; e, nas eleições legislativas de 1969, foi candidato à Assembleia Nacional pela Comissão Democrática Eleitoral, igualmente no círculo de Coimbra.

Militante da Acção Socialista Portuguesa desde 1965, foi um dos fundadores do Partido Socialista, em 1973, na cidade alemã de Bad Münstereifel, tendo sido seu dirigente até 1983.

Ministro do II Governo Constitucional, formado por coligação entre o PS liderado por Mário Soares e o CDS de Diogo Freitas do Amaral, coube-lhe a pasta dos Assuntos Sociais, tendo nessa qualidade lançado o Serviço Nacional de Saúde.

Advogado de profissão, foi vogal do Conselho Superior da Magistratura.

Como reconhecimento de todo o trabalho prestado á causa pública, Arnault foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade a 25 de abril de 2004, nas comemorações dos 30 anos da Revolução Abril; e a 7 de abril de 2016, nas comemorações do Dia da Saúde, foi elevado ao grau de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

Em 2016, foi nomeado presidente honorário do PS no XX congresso do partido, após a morte de António de Almeida Santos.

À família e amigos, a Federação Distrital do Porto do Partido Socialista apresenta as suas mais profundas condolências, agradecendo o contributo ímpar de Arnaut para a concessão de um país mais progressista e mais justo.

“No Partido Socialista, António Arnaut será sempre recordado pela defesa intransigente da ética na política e pelo apego aos valores mais profundos do ideário socialista”, assegura Manuel Pizarro.

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