Deputados do PS defendem que integração de precários da RTP tem que ser resolvida

Deputados do PS defendem que integração de precários da RTP tem que ser resolvida

Os deputados socialistas eleitos pelo distrito do Porto assinalam que há vontade política na resolução do processo, mas reconhecem que a integração dos trabalhadores nos quadros da RTP tem sido arrastada no tempo, defendendo a rápida regularização laboral dos vínculos precários. 

Deputados do Partido Socialista, eleitos pelo círculo eleitoral do Porto, marcaram presença esta segunda-feira na “Vigília Contra a Precariedade na RTP” no Centro de Produção do Norte da RTP, no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia.  O protesto reivindica a integração nos quadros de 26 trabalhadores com vínculo precário à RTP Porto, ao abrigo do PREVPAP (Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública), bem como a vinculação de outro trabalhador que ainda não viu o seu vínculo reconhecido.

João Paulo Correia, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS (GPPS), Rosário Gambôa, coordenadora do GPPS na Comissão Parlamentar de Cultura e Comunicação, Tiago Barbosa Ribeiro, coordenador do GPPS na Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social, e Eduardo Barroco de Melo dialogaram com a Comissão de Trabalhadores e manifestaram-se empenhados em contribuir para a resolução do problema.

Rosário Gambôa, afirmou que “não há falta de vontade política por parte dos ministérios. Trata-se de um processo que tem sido arrastado, que é complexo e temos que fazer toda a força para que seja acelerado e resolvido”, sendo urgente a regularização laboral destes trabalhadores da RTP Porto que esperam desde 2019 pela entrada efetiva nos quadros da empresa pública. A deputada socialista defende que “se há alguns pequenos entraves que têm surgido em processos de integração destes trabalhadores, essas situações têm que ser aclaradas e têm que ser resolvidas, porque de facto da nossa parte há toda a convicção de que estes trabalhadores são necessidades permanentes”.

Em declarações aos jornalistas, Rosário Gambôa esclareceu ainda que “simultaneamente há aqui outra situação paralela. Alguns destes trabalhadores tinham contrato de prestação de serviços diretamente com a RTP, outros tinham com uma empresa de outsourcing e nestes casos enquanto o processo não está a ser resolvido estão a ser dispensados e estão a ser substituídos por outras pessoas, isto é, estão sem trabalhar e sem ganhar dinheiro”, disse a deputada socialista.

A pedido do Partido Socialista está agendada para esta terça-feira, 2 de junho, uma audição ao presidente da Conselho de Administração da RTP na Comissão Parlamentar de Cultura e Comunicação, relacionada com a alegada alienação de terrenos no Centro de Produção do Norte da RTP. A deputada do PS, Rosário Gambôa questiona “se há aqui uma ligação que poderá existir, em hipótese, e que tem também que ser aclarada entre a diminuição de produção do Centro do Norte da RTP e uma hipotética diminuição do quadro de pessoal”.

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