PS/ Santo Tirso exige desbloqueamento de verbas para o hospital do município
A Comissão Política Concelhia do PS/Santo Tirso, a Federação Distrital do PS/Porto e os deputados à Assembleia da República eleitos pelo círculo eleitoral do Porto reivindicaram esta segunda-feira, a uma só voz, o desbloqueamento dos quatro milhões de euros de investimento para o Hospital de Santo Tirso. O presidente da Concelhia do PS/Santo Tirso, Joaquim Couto, considera “inaceitável” que o Ministério das Finanças “continue sem desbloquear as verbas” e assumiu que o PS/Santo Tirso “estará ao lado da população, em qualquer protesto ou ação que venha a tomar, em defesa do Serviço Nacional de Saúde”.
Numa conferência de Imprensa que contou com a presença do presidente da Federação Distrital do Porto do PS, Manuel Pizarro, e dos deputados à Assembleia da República eleitos pelo distrito do Porto, João Torres, Tiago Barbosa Ribeiro e Hugo Carvalho, Joaquim Couto apelou ao primeiro-ministro no sentido de “colocar o mais rapidamente possível, um ponto final na injustiça que está a ser cometida para com a população de Santo Tirso”.
“Esta demora é inaceitável. A verba destinada ao Hospital de Santo Tirso está a hibernar na secretaria de Estado do Tesouro. Se algum movimento de contestação surgir, o PS/Santo Tirso estará solidário com a população”, sublinhou o líder da concelhia socialista, considerando “crucial” o investimento num hospital que “está nos mínimos dos mínimos”.
Na mesma linha, Manuel Pizarro mostrou-se também “preocupado” com a atual situação que se vive no Hospital de Santo Tirso, considerando que “é hora de exigir que o Governo concretize os investimentos necessários”.
“Vamos reforçar a nossa ação junto do Governo, para honrar os compromissos assumidos com a população”, garantiu o líder federativo, apontando que o investimento é “fundamental” para “responder às exigências dos cidadãos e do exercício da medicina moderna”.
Em causa estão quatro milhões de investimento que continuam cativos na secretaria de Estado do Tesouro, apesar de já terem sido autorizados pelo Ministério da Saúde.
O valor contempla a construção de um novo edifício para internamento de medicina interna, internamento de saúde mental, hospital de dia de oncologia e uma unidade de medicina física e reabilitação. Um projeto anunciado em 2011 por Manuel Pizarro, à data secretário de Estado da Saúde.
Apesar do investimento ter estado contemplado no mapeamento da saúde no âmbito do Portugal 2020, o mesmo foi anulado pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, o mesmo que, em dezembro de 2014, decidiu entregar a gestão do Hospital de Santo Tirso à Santa Casa da Misericórdia. Uma decisão que foi revertida no final de 2015, já com o atual Governo socialista, mantendo o Hospital de Santo Tirso no Serviço Nacional de Saúde. A partir daí, foram desenvolvidas uma série de démarches no sentido de fazer face ao processo de degradação a que tinha sido votada a unidade hospitalar.
Por iniciativa da Câmara Municipal de Santo Tirso, os quatro milhões de euros voltaram a ser inscritos no plano de investimentos na saúde da Área Metropolitana do Porto, com o aval do Ministério da Saúde. A assunção da despesa passou para as mãos do Ministério das Finanças, nomeadamente para o secretário de Estado do Tesouro. Incompreensivelmente, lamenta Joaquim Couto, “há mais de um ano que as verbas continuam retidas”.