SANTO TIRSO INVESTE OITO MILHÕES DE EUROS EM MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

Santo Tirso investe oito milhões de euros em mobilidade sustentável

A autarquia socialista de Santo Tirso apresentou esta terça-feira o Plano de Mobilidade Sustentável que pretende implementar no concelho. Com um investimento na ordem dos oito milhões de euros, as apostas vão privilegiar novas ciclovias, transportes públicos intermunicipais, e a reorganização das principais praças e rede de estacionamento.

“A mobilidade tem de ser sustentável. É esse o caminho que queremos seguir, o de privilegiar o que não é poluente e, por isso, os peões e as bicicletas têm de estar em primeiro lugar”, defendeu Joaquim Couto, presidente da autarquia tirsense, na apresentação dos novos investimentos, iniciativa que contou também com a presença do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes.

Financiado por fundos comunitários, o novo Plano de Mobilidade Sustentável vai fazer nascer, até 2023, mais de 20 quilómetros de ciclovia em Santo Tirso, aposta que vai absorver dois dos oito milhões de euros previstos para a totalidade do projeto.

António Babo, engenheiro especialista em questões de tráfego e responsável técnico pelo projeto, explicou que a rede de ciclovias intraurbanas prevê a construção de uma extensão total de 15 quilómetros, divididos por quatro linhas (ciclovia central, ciclovia das escolas, ciclovia do Sanguinhedo e ciclovia de Geão), e que terá uma abrangência estimada de 12 mil residentes. Para além destas quatro linhas, haverá ainda cinco quilómetros de ciclovias lúdicas, situadas no Parque da Rabada e Parque Ribeira do Matadouro.

Segundo o professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, “todo o projeto gira em torno do conceito de criar acessibilidades inclusivas, disciplinando o trânsito de carros, alargando os passeios e criando ciclovias”.
Em relação aos transportes públicos, o grande desafio será a intermunicipalidade, estando já a ser dialogado um contrato interadministrativo com os municípios de Vila Nova de Famalicão, Trofa e com os concelhos de Guimarães e Vizela, de forma a conseguir obter-se ganhos de escala com vantagens para os utilizadores.

“Outro importante avanço prende-se com a questão da intermodalidade, estando a ser trabalhada a integração do cartão Andante (o título para os transportes públicos da Área Metropolitana do Porto) com os transportes públicos, que numa primeira fase começará a funcionar com a rede da CP”, revela a autarquia.

Já ao nível do estacionamento a reorganização em curso resultará na criação de 377 novos lugares, estando ainda prevista a criação de mais estacionamento no centro da cidade, de forma a responder às necessidades de residentes e trabalhadores.

O Plano de Mobilidade Sustentável agora apresentado, prevê ainda intervenções nas quatro escolas da malha urbana – EB 2.3 D. Dinis, EB 2.3 S. Rosendo, Escola Secundária Tomás Pelayo, e EB1 Conde S. Bento -, tendo em vista a criação de infraestruturas que incentivem as deslocações em transportes públicos e/ou alternativas ambientalmente sustentáveis, como é o caso da bicicleta.

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