Kevin Cook

“O betão deixou de valer pela quantidade e passou a valer pelo serviço que faz aos cidadãos”

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“O betão deixou de valer pela quantidade e passou a valer pelo serviço que faz aos cidadãos”

Eduardo Vítor Rodrigues, o Presidente que vê na escola “o verdadeiro elevador social” dos cidadãos, foi eleito para a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia em setembro de 2013, altura em que devolveu a autarquia ao Partido Socialista (PS), há 16 anos gerida pelo social democrata Luís Filipe Menezes.

À chegada, encontrou uma autarquia “totalmente falida”, mas, cumprindo aquela que tinha sido a assinatura da sua campanha – “Dedicados a Gaia” – não se coibiu de dar início a um novo ciclo autárquico, “um ciclo em que o betão deixou de valer pela quantidade em que é produzido e passou a valer pelo serviço que presta aos cidadãos”.

“Eu fui eleito a falar das pessoas e da prioridade das pessoas. E quando fizer obra, investimento infraestrutural, há de ser porque isso serve a vida delas.”

“Sem um único cêntimo do Programa Comunitário de Apoio”, que só agora vê as primeiras linhas de financiamento a serem lançadas, “algo que não acontecia há 15 anos”, foi na educação e ação social que centrou grande parte das suas energias.

Para Eduardo Vítor Rodrigues, professor universitário de sociologia, é na escola que está o “verdadeiro instrumento de transformação social”, e é através dela que, acredita, “qualquer pessoa poder aspirar a ser o que quiser, independentemente da sua origem social”.

“Nós não temos a gestão das escolas apenas para fornecer o expediente e limpeza, arranjar as janelas ou substituir os vidros, mas também para garantir aos cidadãos um futuro melhor.”

Confrontado com a dívida deixada pelo seu antecessor, que ascendia a 232 milhões de euros, Eduardo Vítor Rodrigues canalizou o “curto orçamento municipal” para fazer cumprir aquelas que tinham sido as grandes bandeiras da sua campanha eleitoral e que considera fazerem toda a diferença no dia-a-dia dos gaienses: o novo Hospital de Gaia, a extensão da linha amarela do Metro, e “dois grandes imbróglios rodoviários que existiam no concelho”: as rotundas dos Carvalhos e de Santo Ovídio.

Três anos volvidos, a primeira fase do hospital ficou pronta e a segunda fase está já contratualizada. As rotundas dos Carvalhos e de Santo Ovídio estão prontas. E, quanto à extensão da linha do metro, o autarca acredita que vão chegar “grandes notícias brevemente”, até porque, sublinha, “Vila Nova de Gaia está elencada em todos os estudos como uma linha prioritária”.

Sem “obras megalómanas”, o Presidente da autarquia gaiense não tem dúvidas de que mudou realmente a vida dos gaienses e, sublinha: “se conseguimos fazer isto sem dinheiro, o que seremos capazes de fazer com uma situação financeira mais confortável”.